pequenos gestos adoráveis

O título deste post é o nome do trabalho do ucraniano Taz, que ilustra o calendário da Göoo do mês que acaba hoje. Como virou tradição encerrar o mês com a obra que animou os dias passados, este caiu perfeitamente. Julho foi assim, apesar de sua rigidez, todo dia aparecia uma surpresinha boa. A fim de torna-lo inspirador para as semanas que seguem, acho simpático coloca-lo lado-a-lado com o caderninho de colorir do Yves Saint Laurent. Os educadores advertem: brincar com as cores incita pensamentos livres, atitudes criativas e gestos adoráveis. Quando criança. E mais tarde, quando o mundo não se mostrar tão mais colorido.

eco+style

Eu quero uma bicicleta com pneu vermelho. Mas não é só este detalhe que me interessa. Esta da foto foi achada em uma esquina da Oxford Street, em Londres.Coincidentemente, a imagem que está logo abaixo também é da cidade inglesa que ganhou o [C]space DRL10 Pavilion há dois anos, na Bedford Square. Tecnologia e sustentabilidade se encontram lá e aqui. Olha só: além de ser ecologicamente correto, meu desejo por uma bike com pneu vermelho pode inspirar fabricantes a usarem materiais mais decentes na fabricação desses produtos e usuários eco-conscientes podem se jogar em bordejos com rastros de estilo.

Este espaço foi criado pela Nex Architecture e um tipo de concreto de alta tecnologia tornou viável a construção da estrutura. A foto é divulgação da empresa.

coisas inspiracionais

A foto da esquerda que ilustra este post é resultado de experimentações que alunos da rede pública do ensino básico carioca andam realizando com uma câmera pinhole. Esta e outras 44 imagens serão expostas na Galeria 535, no Observatório de Favelas, na Maré, periferia da cidade, a partir de 7 de agosto. Este evento conclui a terceira etapa do belo projeto Casinha Daros que, em parceria com a Escola de Fotógrafos Populares da Maré, estimula jovens e crianças a produzirem imagens a partir de dispositivos feitos com caixinha de fósforo ou lata de leite. A partir dos princípios da Câmera escura, eles transformam sucata em câmera fotográfica. A mostra é uma pequena parte de uma ação inspiradora. No que diz respeito à educação, à cidadania e à estética. Quer ver? olhe para a foto da direita e veja como a obra do autor chamado Juninho poderia ter sido transportada para a roupa de Elie Saab, desfilada em março, em Paris.

toward fast fashion

O melhor da moda é ver seu desenrolar na rua, na vida. Depois das apresentações das grandes coleções nas semanas de moda - e com o passar das previsões de bureaus de estilo, do aval das celebridades e do speed spree de blogs e revistas - é chegada a hora de assistir e se render às interpretações das redes de fast fashion para as tendências propagadas. A Topshop, em Londres, acaba de colocar tudo isso na vitrine da Oxford Street. A Gisele poderosa estrelando a campanha que comemora os 40 anos da Cavalli e o board inspiracional da coleção da rede inglesa provocam uma sensação: a alta moda, aquela de verdade, que cai no gosto e acende o espírito do tempo, mostra-se generosa e abre caminhos para desejos de qualquer idade, geração, clero, gênero. Agora, por exemplo, eu - e provavelmente você - queremos viajar, sem rumo, into the wild. Feito Gisele.

cross culture

O climão cross culture reverencia o passado e celebra o espírito desse nosso tempo. No inverno desse ano no hemisfério norte, este conceito ganha força em coleções abusadas, repletas de sobreposições e estamparia pós-tribal, cores densas, metais envelhecidos e peles, plumas e penas all over. Na foto abaixo, look da Opening Ceremony e colar da francesa descolex 5 Octobre.

modos e modas dos rapazes de fino trato

Que delícia folhear o livro "Take Ivy", com fotografias do japonês T. Hayashida. Para começo de conversa, estas imagens foram publicadas pela primeira vez em 1965 como ilustração do livro escrito por três curiosos sobre suas impressões dentro dos Campi do Ivy League - grupo formado por oito universidades no Nordeste dos EUA. Só agora, depois de 45 anos anos, a publicação é reeditada e o impressionante é ver como os registros se mostram atuais e influentes nos modos e na moda masculina. 

Inicialmente, as fotos funcionariam como um manual para japoneses fanáticos pelo estilão tradicional americano. Com o passar do tempo, percebeu-se que aquele era um material etnográfico que destrinchava o lifestyle da geração sarada, inteligente e com futuro promissor. Junta-se aí a categoria indumentária - que tornar-se-ia moda no modus de muitas marcas que fazem a cabeça de jovens no mundo inteiro.

O conteúdo deste livro, que vocês em capa e em uma das incríveis fotos do miolo, parecer ser o fio condutor de criação de labels que começam a se projetar no mercado, como a Reserva, no Brasil, e a Sandro men, em Paris. E é definitiva para big players, como a Balmain, em foto de campanha abaixo, no que diz respeito a posicionamento de mercado.

Powerhouse Books, por 25 dólares na Amazon.

domingo papo-cabeça

Hoje eu tirei algumas horas do dia para explorar as idéias sobre "responsabilidade volátil" apresentadas em um livro papo-cabeça que comprei há algumas semanas. Aconteceu o que sempre acontece com alguns bons livros: uma citação ou imagem te leva para outro lado, te faz encontrar outras idéias. Cheguei, enfim, ao trabalho da artista Anne Wilson, que aplica de modo subjetivo, os tais conceitos voláteis. A americana cria instalações que redimensionam fios, rendas, tecidos, crochês e diversas tramas na construção de paisagens em transformação. No site dela, uma citação do arquiteto Douglas Garofalo apresenta a série chamada Topologies.

"Enquanto a nossa sociedade enfrenta a crescente fragmentação e especialização que, às vezes, parece afastar-nos de tudo, nós também começamos a ver o mundo como uma série integrada, como mesmo uma rede emaranhada. Uma maneira de começarmos entender este estado contraditório é olha-lo como uma matriz  padrão dos fenômenos de campo - repetição de textura, o crescimento, a turbulência, som, luz, etc, dentro de um determinado sistema ou espaço." 

Agora pense no design, na moda, nos ambientes de produção cultural. Eu escolhi a moda sob etiqueta da Maison Margiela pós-margiela, em foto de desfile publicada no Style.com. 

Eu sei que pode parecer too much para um domingo ensolarado. Essa história pode ganhar continuidade outra hora. Por enquanto estou encantada demaissss com esta tal volatilidade. 

 www.annewilsonartist.com

go green & fashion

Sábado, todo mundo sabe, é o dia internacional de "shopping". O This2That de hoje, portanto, inspira tudo mundo para uma atitude mais, digamos, sustentável. O livro Green Fashion e a bolsona da coleção de inverno da Matt by Matt and Nat fazem o papel de bandeiras sedutoras. O primeiro é uma versão japonesa do Eco Chic, e dá um panorama global de a quantas anda o mercado de moda sustentável. A quem interessar possa, digo: as perspectivas são boas. Já a segunda, é um dos itens fofos que a marca de acessórios desenvolveu com couro vegetal para a estação que está chegando no hemisfério norte. As bolsas têm forro feito com reciclagem de Pet e todas ganham um tag que conta quantas garrafas foram usadas para aquela peça. Adoro! Bom sábado.

spray-on

Texturas de acúmulo, resíduos ou sobreposições de materiais sempre geram imagens intrigantes. E foi uma dessas imagens, muito semelhante ao lírio dessa foto, que me levou ao incrível tecido em spray, criado pela Fabrican. A empresa inglesa associa tecnologia e moda para atrair atenção para o produto que transforma qualquer superfície ordinária em uma base, no mínimo curiosa. Funciona assim: fibras naturais ou sintéticas são "sprayadas" no corpo ou sobre outros materiais (como, por exemplo, uma velha t-shirt) e, imediatamente, cria-se ali uma camada de aderência com aspecto de felpudo e pouco linear. O resultado é muito parecido com a técnica artesanal de frotagem. O inventor do tecido-sem-trama, Manel Torres, falou comigo por e-mail e contou que o produto está sendo revisado por grandes empresas manufatureiras a fim de viabilizar a distribuição no mercado global.

Fotos de divulgação.

enfants terribles

Inaugurou na última terça-feira na Pinakotheke, no Rio de Janeiro, uma super mostra do trabalho de Wesley Duke Lee. Um dos mais importantes artistas brasileiros da contemporaneidade, o paulistano foi um dos fundadores do Grupo Rex (marco de resistência ao mercado de arte na década de 60) e suas obras são regularmente comparadas aos trabalhos de Duchamp. Imperdível, enfim. Mas, além disso tudo, esta exposição cria uma ponte para a nova coleção de Bernard Willhem para a Camper. Sob o tag Together, os sapatos e botas também têm seu quê de resistência, neste caso, ao mercado de moda. Mix de materiais rústicos, acabamentos sofisticados, produção sustentável e distribuição global são pontos a serem observados. Só alguns, porque o design, com total estética do estilista, é capítulo a parte. 

 Acho que pode interessar: Pinakotheke cultural fica à Rua São Clemente, 300, em Botafogo, e funciona de segunda a sábado.

like teen spirit

A febre do auto-retrato em streetstyle continua se multiplicando e tem muitas boas surpresas por aí. Uma delas é o super blog ilikemystyle.net com conteúdo gerado pelos usuários, em sua maioria adolescentes apaixonados por moda. O projeto virou revista (vendida em boas casas do ramo!!) que ainda ganha editoriais inspirados no material postado pelos internautas. A imagem à esquerda é uma foto publicada na segunda edição da mag. Ali estão estudantes do highschool destinados a mudar o mundo com a moda que vão criar! Delicioso de ver a criatividade e autoridade com que esses meninos e meninas se jogam na arte de ser diferente através das roupas, acessórios, penteados. Essa temática aparece com força no trabalho da fotógrafa Julia Fullerton-Batten. Nada mais contemporâneo, aliás, guiado pela tal microfísica do poder alardeada por Focault (ohmeudeus, o que está acontecendo comigo hoje?!!). Resumindo a ópera: as fotos da alemã estão entre as principais atrações da mostra Dreamlands, no Centro Pompidou, em Paris, até 2 de agosto. No site dela tem um bocado de coisa boa para ser admirada também.

paleta oitocentista

Cada vez tenho mais certeza que as cores são decisivas para nos seduzirmos ou não por qualquer coisa, seja o que for. A vitrine de pre-coleção da Prada, por exemplo, toda montada com cores impressionistas até me fizeram ignorar as estampas 'ja-te-vi' de xadrez e camuflado. Veja as carteiras da foto à direita. Parecem tons da paleta de um artista oitocentista. Foi justamente procurando uma imagem impressionista - que não fosse daquelas que todo mundo já conhece até de costas -, que me deparei com esta foto publicada em um blog de uma turma que cursa multimídia em alguma faculdade que não descobri o nome. No endereço multieduca.blogspot.com há postagens de outubro e novembro do ano passado, com material bem didático, claro, feito pelo grupo formado por Ana Cristina, Aliane M. Camargo, Thais Sampaio e Thays Baes. A quem interessar, vale a pena fazer um checkitout no que andaram discutindo.

bic blue

Vira e mexe a gente dá de cara com novidades na área do design que bebem da fonte do nosso material de escritório predileto. A semana vai começar inspirada justamente nela, a caneta Bic. O Din-ink, faqueiro velho conhecido dos salões de design desde 2008, desafia os limites dos objetos descartáveis e seduz pela memória afetiva. Desenvolvido pelo estúdio italiano Zo-loft, as tampas da caneta viram garfo, faca e colher feitos com plástico biodegradável e pronto para usar a qualquer hora. Na imagem à direita, a mesma tampa é pingente esperto do OEstudio, made in Brazil.

made in Nepal

Já ouviu falar da Muskhane? E do Nepal, já ouviu falar, né? Então, para quem não sabe o que uma coisa tem a ver com a outra, fica aqui a info: Muskhane é uma empresa francesa focada no desenvolvimento sustentável do Vale de Katmandu, no Nepal. O resultado do trabalho desenvolvido por eles pode ser visto na discreta loja na rue Pastourelle, no Marais, em Paris. Lá tem objetos de decoração, jóias, tapetes e cortinas e uma série de roupas de puro cashemeare levíssimo. o grande barato dessa história, além das consequencias sociais, está no fato de que todas os produtos são feitas com o método de feltragem típico da área comprimida entre a China e a India. Para conhecer o processo de realização das peças, visite o site da marca e entenda de uma vez por todas porque a label escolheu como nome uma palavra que significa sorriso.

A foto à esquerda é parte do álbum www.nepal-pictures.com.

nature's call

Nas primeiras imagens do inverno publicadas na Citizen K encontramos o maxi pull de angorá da Cerrutti. As fotos de Grégory Derkenne ilustram muuuitas páginas com full look das 4 principais semanas de moda do globo. Ao lado, a jóia sustentável da holandesa Corina Rietveld. Nature's call explícito na estação que se anuncia com mix de referências dos anos de 1960 e 1970. Nova era, meu bem!

ps: o escanner quebrou! desculpem pela qualidade das imagens, mas por enquanto terei que usar o recurso da câmera fotográfica...aí, bem, aí vocês já sabem o resultado.

go 70's

Memória fashion setentista é revisitada no resort 2011 da MiuMiu. À esquerda, publicidade da Shirtery Inc. resgatado pelo livro da Taschen. À direita, foto de divulgação da marca de Miuccia Prada.

outros territórios

A nova coleção da Blaak aponta para a influência étnica, norteada pelo refinamento oriental e o espírito humanista nórdico - aliás, esta conexão é bacanérrima e inspiradora, já reparou? Daí, surgem novos territórios para serem explorados. Duvida? Olha só o que a OPI preparou para ser comercializado com exclusividade na Sephora. Tem as tatoo temporárias da Merci. Tem a coleção de bijoux do Bernard Willhelm para Camper....ihh, tem muitos territórios. Get inspired.

cartela de outono

Apesar dos trinta e tantos graus que vêm aquecendo o hemisfério norte, as cores de outono já começam a aparecer nas vitrines. Azul + marrom, dupla clássica, agora é atualizada por tonalidades frias e superfícies opacas. Como já havíamos anunciado, a aparência lustrosa surge em detalhes, como neste sapato de plástico da Marni e em alguns fios dos tricôS da Missoni.

neo-rococó

Fala-se muito da mudança do status quo fantasioso e exagerado do comportamento global que vem sendo substituido por um tal minimalismo que, no fundo, a gente só vê em revistas e vitrines. Por outro lado, a vida real vem ganhando energia e vibração com estéticas cada vez mais barrocas e expressividade digamos, neo-rococó. Na moda, basta olhar a trajetória de John Galliano. Esta imagem da esquerda é resgatada de um desfile de 2007 e encontra o design inventivo da Godspeed. A marca de design de Tel Aviv trabalha com ripas de madeira e, como na poltrona 'rococoarmchair', evoca o decorativo, o acúmulo e o delírio.

eu te ofereço um buquê

As flores delicadas das bijoux Les Néréides escondem pequenas controversias. Metais ordinários, pedras preciosas e porcelana criam uma instabilidade no que seria comum e simples. Um buquê de surpresinhas, diria eu. E já que toquei neste assunto, os desenhos da canadense Aurel Schmidt também entregam supresas ao olhar. Minuciosamente trabalhadas, as obras colocam na berlinda as questões ligadas à beleza, permanência, feminilidade. Artista revelação da Bienal do Whitney Museum, a canadense explora detritos cotidianos, mitologia e, claro, flores. À direita, close da obra Master of the Universe.

selvagem modernidade

Os dentes selvagens estão por todo lado. Catherine Malandrino aposta em acessórios para o verão que esquenta o hemisfério Norte. Sonia Rykiel adota como abotoamento das primeiras peças do inverno que chegará daqui a pouco, mas já estrela em vitrines apressadas. Rústico-chiques que quebram o tédio das roupas de formas limpas tanto anunciadas como a tal nova moda.

pode abraçar!

Pode abraçar! Além de gostoso, tá na moda. Pelo menos é o que a francesíssima Comptoir des Cotonniers estampou em uma das regatas-brinde que acompanham a revista Biba desse mês. A American Apparel colocou todos os bonecos abraçadinhos na vitrine. E, para completar o clima, tons de rosa colorem Paris e outras capitais européias.

fantasias que enchem a alma

Já reparou quantas boas surpresas a história guarda? Dias desses, em visita à mostra de Moda Contemporânea - anos 70 e 80 - no museu de Artes Decorativas de Paris, encontrei o trabalho de Poppy Moreni. Confesso que precisei ir ao museu para conhecer este trabalho! Seu humor carregava de fantasia as roupas com vibe otimista dos anos oitenta. E chama-se Fantasia a recém lançada linha de porcelana da Lladró assinada por Jaime Hayon. O artista, que também desenhou uma coleção de sapatos para a Camper, aposta no mix de cores primárias e nas figuras do cotidiano associadas aos personagens do circo e a símbolos de amor e alegria. Ambos fazem história que guardam surpresas, nénão?!

across the Tuileries

Veja bem, o Jardin de Tuileries é florido, os frequentadores são low profile, o incrível Jeu de Paume fica lá. Masss, para chegar até o paraiso  é preciso cortar a Rua do Louvre e lá, bom, lá estão algumas das maiores bizarrices que Paris pode oferecer. Que tal pensar na coleção de inverno da Dolce&Gabbana, toda amarela e preta, com direito a pele e sedas estampadas, numa vitrine ao lado dos macarrons coloridos Angelina? Definitivamente, cor é uma coisa que contamina. Melhor parar por aí, atravessar a rua e se esbaldar com a exposição do Kentridge que fica em cartaz até 5 de setembro no Jeu de Paume, afinal.

jungle fever

É com este título que o fotógrafo Solve Sundsbo publicou a série de imagens selvagens estreladas por Angela Lindvall na Muse 22. Ele se joga no freestyle e faz uso totalmente aleatório de flores, folhas e bichos. A floresta de Sundsbo é sempre fotográfica e aparece em paisagens falsas, outra hora em roupas, às vezes no preenchimento de pele, de repente vem envolvendo a modelo em maxi flores. Coincidentemente, logo depois que vi este editorial, fui conhecer o pre-lançamento de inverno da All Saints. Eis que a selva tropical estava lá com destaque máximo em peças fluidas de seda transparente, como o detalhe à direita.

soooo Lacoste

A coleção de verão da Lacoste - que agora está em total sale na Europa - resgata a memória de René Lacoste dos anos 30 e provoca desejo por esporte deluxe, sem ornamentos e com fit de puro conforto. Costume de linho em cores neutras, tricôs de algodão, espadrilhes teladas.  Apesar desses já serem bons motivos para levar qualquer um correndo para uma das lojas da marca,  Christophe Lemaire, diretor criativo da label, ainda preparou atrações extraordinárias para quem eleger a concept store do Marais, em Paris. Ele  incorporou o clima retrô e, com twist contemporâneo, levou a atmosfera 'so Lacoste' para o ambiente criado com móveis e objetos de decoração em madeira e resina que lembra bakelite. Depois de passar pelo corredor das tentações, o consumidor chega à sala das caixas de som, amplificadores e rádios vintage. Dá pra ouvir Billie Holiday soltando a voz.

opaco mas nem tanto

Durante a Premiere Vision ficou definido que os tecidos de inverno do ano que vem seriam opacos, com aspecto rústico e seco. Até aí, ok, dizíamos os pesquisadores. De repente as tecelagens começam a mostrar suas inovações tecnológicas, com acabamentos oleosos, molhados, emborrachados. Opa. Olhos arregalados! A mistura, enfim, ganha as vitrines de algumas lojas que se adiantam com pre-coleção do tal inverno anunciado. A Armani, por exemplo, resume isso tudo na bolsa de mão (hit, hit, hit!) em croco fosco com bordas de verniz.

a la Lagerfeld

Às duas horas da manhã, num ponto de ônibus em Saint German, Paris, a foto assinada por Karl Lagerfeld entregava de bandeja mais uma tendencinha que já aparece na encalorada capital francesa. Apesar dos seus olhos não sairem da linda e colecionável garrafinha de Coca-Cola estampada com a imagem do estilista-fotógrafo, atente para o que está em destaque na silhueta do sujeito. Sim, a camisa branca com colarinho alto. À direita, o detalhe de uma peça semelhante publicado na View que está nas livrarias especializadas.

atualizando vocabulários

"Design, oh, design" seria um bom título para este post não fosse o anúncio de lançamento da pré-coleção de inverno Jil Sander. Antes de convidar o consumidor a desvendar roupas e acessórios, a marca conta que dessa vez a modelagem e os tecidos são ferramentas para uma nova abordagem graciosa que atualiza um vocabulário tradicional. Criar updates e atualizar o comum é praxe também do jovem designer Rodrigo Almeida. Os cintos (ou cintas, como falava meu pai) fazem a gente cair de amores pelo fora do comum. Atualizou.

ticket para centroamerica

A dupla Carla Venticinque-Osborn e Aaron Osborn levantou a bandeira sustentável para abrir uma sapataria em Nova York. Eles levaram a idéia a sério, se jogaram no comércio justo, armaram um esquemam de produção com comunidades carentes e hoje assinam a celebrada linha de sapatos Osborn. A base do trabalho é realizada na Guatemala e vem de lá a padronagem dos tecidos feitos por campesinos. Atualmente, eles pesquisam uma maneira de trabalhar com couros tratados à moda antiga. As peças são completamente artesanais e os preços são bastante acessíveis. Este 'oxford' da foto, por exemplo, é vendido a 90 dólares.

Mas peraí, o que a foto da Prada de 2007 tem a ver com isso tudo? Nada. Eu só acho que esta imagem leva a gente pro clima mochileiro (e inspirador, pode acreditar!) e convidativo da centroamerica e desse astral sustentável.

já passou do meio do ano

ai,ai,ai! Quebrei a tradição de terminar o mês com a ilustração que me acompanhou nos passados 30 dias. Esqueci, pronto. Na verdade, uma enorme pesquisa de tecidos para o verão 2012 anda tomando minha atenção. Agora, veja só como são as coisas: estes tecidinhos aí já são parte da pesquisa e são eles que dão o clima cozy ao desenho da italiana Simona Cordero. Para quem ainda não sabe, este trabalho é parte dos 12 cards que compoem o calendário da Göoo e, no último dia de cada mês, quando eu não esqueço(!!!), eles aparecem aqui arrematando as idéias. Este por exemplo, titulado 'sonhos dentro de sonhos' vai iniciar o mês que promete um monte de novidades. Pode acreditar, afinal, já passou do meio do ano e agora resta correr pra dar conta de tudo que planejamos para estes trezentos e tantos dias.